A liberdade que eu não quero

16:00



Já deixei de lado essa coisa de querer agradar ou dar orgulho para familiares e amigos. Já me dei liberdade de decidir o que eu quero pra minha vida, mas mais perdida fiquei. Engraçado que quanto mais liberdade se tem, quanto mais caminhos se tem à vista, mais sem rumo fico, simplesmente porque quero adivinhar o que vai acontecer se for por cada um deles, e aí travo, fico dias e até meses patinando no limbo, sem sair do lugar. Confesso que já arrisquei em agir sem pensar demais só pra acelerar as coisas, mas atrasei tudo, pois muitas vezes tive que voltar ao início e replanejar tudo. Por coincidência, estou nessa.
Não é uma droga ter que dizer pra si mesmo quem você quer ser ou simplesmente quem deve se tornar? Ter que se forçar a ver um futuro pra planejar os passos para alcançá-lo é péssimo, me vejo obrigada a fazer isso. Justo eu, que sempre adotei a filosofia de vida Viver um dia de cada vez, agora, preciso traçar caminhos pra daqui um, dois meses. Não me entenda mal, não quero dizer que gostaria de viver à Deus dará, eu gosto de planos e acho eles importantes para a evolução pessoal… A verdade é que estou cansada de planejar rotas, alimentar expectativas quanto à lugares e pessoas, que com um giro do universo bagunçam-se e não fazem mais sentido, e então, sou novamente obrigada a voltar para o início. Mas como sou teimosa, ei de fazer isso sempre. As voltas do universo não poupam ninguém, e para sair do lugar, preciso me arriscar mesmo que sufocada de liberdade.
— Prefira Borboletas

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