Resenha: O Colecionador - John Fowles

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Título: O Colecionador
Autor: John Fowles
Editora: Abril Cultural
Ano: 1980
Páginas: 234

Sinopse: O romance narra a história de Frederick Clegg, um funcionário público que coleciona borboletas e, subitamente, se torna dono de uma fortuna. Ele então passa a ter uma ambição: seqüestrar a bela Miranda, seu amor platônico. A trama se desenvolve com a disformidade da personalidade de Clegg, que tem a seu favor apenas a superioridade de força, contra a vitalidade e inteligência de Miranda que, contando com sua superioridade de caráter, confunde e ofusca o medíocre sequestrador.



Hoje eu vou falar um pouco para vocês sobre um livro que se não fosse tão estranho e maluco, não seria um dos meus preferidos. O Colecionador, li duas vezes, a segunda vez foi por pura saudade, mas antes disso fiquei como uma doida procurando este livro em tudo que é livraria e Sebo, pesquisava nos sites e só aparecia: O colecionador de ossos, sonhos, almas e bla bla bla. Desisti, até que achei em um Sebo online por 13,00 reais. Fui a pessoa mais feliz do mundo, ele ta meio velhinho- por causa do tempo, creio eu - , mas deu pra ler mais uma vez. Então já deu para você perceber que esse livro é MUITO raro de encontrar, por ser muito antigo.


Enfim, vamos a resenha: Frederick Clegg é um funcionário público com dificuldades em se relacionar e que tem em seu hobby colecionar borboletas. Ele tem uma paixão platônica por Miranda, uma estudante de artes, muito inteligente e elegante. Então ele procurava saber tudo sobre ela, seguia nos lugares, só para vê-la. Até que um dia Frederick se encontra milionário, após uma aposta, então decidi que quer mostrar a Miranda seu amor, porém, da forma mais errada e maluca que eu ja vi. 

Vê-la fazia-me sempre sentir como se tivesse capturando uma verdadeira raridade, como se me aproximasse, de uma borboleta de cores difusas e muito belas. Sempre pensei nela como algo indefinível e raro.

Segue o plano: Ele compra um casarão, com um porão, afastado da cidade e de tudo, então sequestra Miranda e a deixa no porão, que é mais um quarto abafado. 
Ele faz de tudo para parecer uma boa pessoa para Miranda, sempre compra coisas para ela, com a unica intenção: que ela goste dele, que ame ele, assim como ele a ama. 
Miranda por outro lado, resisti a tudo, ela tem uma personalidade forte, nunca demonstrou medo, apenas tentava fugir e tentar fazer de tudo para que Frederick a mande embora e perceba que ela não é o que ele pensava que era. 

A primeira parte é narrada por Frederick e a segunda parte (um pouco cansativa) é narrada por Miranda, por meio de um diário onde escrevia tudo o que acontecia, sua tentativas de fuga, o que achava sobre Frederick e etc.O livro é muito bom, é surpreendente a cada página, acompanhar essa loucura do Frederick, que como a própria Miranda fala: é digno de pena, porém se parar para pensar ele é um pobre homem apaixonado que não soube outra forma de demonstrar seu amor, e achou que a convivência com Miranda, pudesse ajuda-lo a mostrar que ele é um homem bom.

Era como se tivéssemos travado conhecimento, como se, subitamente, nos tornássemos íntimos, apesar de naturalmente, ainda nem sequer nos conhecermos na forma usual.

Eu não aceito o final até hoje mas não sei se haveria uma forma mais plausível para o desfecho da história. John Fowles soube criar uma história muito boa, bem dividida mostrando o ponto de vista de cada personagem. 

Se encontrar na estante do vovô ou em algum sebo, leia é um livro baratinho com uma história que vale a pena ser lida.

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